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GlaxoSmithKline declara nova postura quanto à propaganda de medicamentos

By 20 de dezembro de 2013 One Comment

glaxoInédita atitude da farmacêutica inglesa pode mudar a forma como laboratórios se relacionam com seus clientes
A companhia farmacêutica inglesa GlaxoSmithKline divulgou novas regras de Complience a serem praticadas pela companhia, modificando completamente sua relação com clientes e com o mercado. Tomou a inédita decisão entre as empresas farmacêuticas de não mais financiar profissionais médicos para promover seus medicamentos em palestras e conferências científicas, bem como revisará a forma como remunera seus representantes por meio de metas vinculadas ao aumento da prescrição médica.
A decisão foi motivada por escândalos ocorridos na filial da empresa na China, onde a polícia acusa a empresa de pagar para que agências de viagem intermediassem o aliciamento de profissionais de saúde. Para o New York Times o CEO Andrew Witty declarou que a nova postura tem a ver com mudanças de legislação em vigor nos EUA, onde todas as farmacêuticas, a partir de 2014, deverão tornar públicos seus pagamentos. A Sociedade Médica Americana já proíbe a prática e, em vista disso, as empresas farmacêuticas estão tendo que se ajustar ao novo momento.
O tema é historicamente polêmico e controverso. Do outro lado, a comunidade médica reconhece que a realização de congressos e atualizações médicas é historicamente viabilizada em regime de parceria com laboratórios. A indústria farmacêutica também investe bilhões de dólares anuais na realização de pesquisas clínicas, sendo o setor que mais largamente investe em novas soluções terapêuticas no mundo. Investir em pesquisa é complexo, demorado e caro. É sonho pensar que no mundo atual as Universidades Públicas, por exemplo, possam ter o “mando de jogo” em processos de pesquisa clínica isenta, de forma a substituir ou minorar o papel e a influência da Indústria Farmacêutica.
A Glaxo afirma que continuará investindo em pesquisas patrocinadas e em pesquisas de mercado, alegando serem essenciais para a realização de sua atividade.
Fonte: Reuters e Exame.com

Equipe ACS

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