fonte: Revista Life Science, tradução Daniel Souza

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Mary Tyle Moore – por 50 anos, administrando o Diabetes tipo 1

Mary Tyler Moore, atriz americana, famosa nos anos 70 por atuar no seriado televisivo que levava o seu nome,  morreu aos 80 anos, devido a complicações em decorrência do Diabetes tipo 1.

Moore morreu no dia 25 de janeiro de 2017. Segundo sua empresária, Mara Buxbaum, depois de entrar em crise cardiorrespiratória, ou seja, seu coração parou de bater. Recentemente, ela  havia contraído também pneumonia. O diagnóstico de Diabetes tipo 1 fora dado quando ela ainda tinha 30 anos, já famosa.

Com novos avanços na medicina, ter diabetes tipo 1 já não significa morte prematura, mas ainda tem um impacto significativo sobre o corpo ao longo do tempo.

“A principal impacto no corpo é a exposição crônica a níveis elevados de açúcar no sangue. Esses altos níveis de açúcar no sangue danificam vários órgãos, em particular olhos, rins e nervos, e tornando ainda mais crônicas as doenças cardiovasculares”, declarou o Dr. Robert Gabbay, Diretor do Joslin Diabetes Center em Boston, uma instituição de pesquisa sem fins lucrativos afiliada à Harvard Medical School.

Em pessoas com diabetes tipo 1, o pâncreas praticamente para de produzir insulina, o hormônio que permite que as células do corpo captem a glicose, para uso como fonte de energia (condição diferente da diabetes tipo 2, que ocorre quando o corpo não pode produzir insulina suficiente ou não consegue usar a insulina de forma eficaz.) Naqueles pacientes com diabetes tipo 1, a glicose acumula-se na corrente sanguínea e pode causar fadiga, fraqueza, perda de peso abrupta e micção excessiva quando não tratada. Eventualmente, de acordo com o Joslin Diabetes Center, a doença pode causar complicações, incluindo ataque cardíaco, derrames, cegueira e insuficiência renal.

Mas é possível morrer de complicações de diabetes tipo 1?

“Infelizmente, muito assim”, disse Gabbay à revista Live Science. “Na ausência de tratamento com insulina, as pessoas com diabetes morrerão ao longo do tempo. A exposição crônica a açúcares elevados no sangue pode danificar o coração eo cérebro, levando a ataques cardíacos e derrames”.

Isso ocorre porque a glicose no sangue pode danificar os vasos sanguíneos, levando a um elevado risco de doença cardíaca, de acordo com o Joslin Diabetes Center. Os vasos sanguíneos danificados também podem causar danos a longo prazo nos músculos e nos rins.

“No entanto, graças a evolução dos tratamentos, as pessoas com diabetes estão vivendo mais tempo”, disse Gabbay. Ele observou que no Joslin Diabetes Center, alguns diabéticos tem ultrapassado os 75 anos.

De fato, em um estudo de 2007 publicado na revista Diabetes Care, os pesquisadores analisaram dados de mais de 500 pessoas com diabetes tipo 1 que tinham sobrevivido 50 anos ou mais com a doença. Muitas dessas pessoas mostraram poucas complicações:

  • 40% não tinham doença ocular grave mesmo depois dos 50 a 80 anos de vida
  • 66% ainda produziam insulina

Por fim, o estudo sugere que algumas pessoas com diabetes tipo 1 são capazes de produzir insulina mesmo 50 anos após seu diagnóstico inicial.

“A boa notícia é que, com o tratamento e cuidados adequados, as pessoas com diabetes podem viver vidas normais e muitas das complicações associadas com diabetes podem ser evitadas”, afirma Gabbay.

Equipe ACS

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